NOTÍCIAS
Atuação de cartório foi crucial para operação contra suspeitos de fraudes em financiamentos agropecuários
18 DE JULHO DE 2024
Deflagrada pela Polícia Federal, nesta terça-feira (16), a Operação Paper Land revelou a importância da atuação do Cartório de Registro de Imóveis de Nova Crixás, no interior de Goiás, para o desmantelamento de um esquema de fraudes envolvendo empresários, advogados e funcionários da Caixa Econômica Federal. O grupo é suspeito de causar prejuízos de mais R$ 40 milhões em fraudes em financiamentos agropecuários.
O oficial do Registro de Imóveis de Nova Crixás, Jhonathan Estevam, informou ao Colégio Registral Imobiliário de Goiás (Cori-GO) que a fraude foi inicialmente descoberta graças à diligência do cartório que, mediante uma minuciosa análise, recusou o registro de uma Cédula de Crédito Rural suspeita. Esse ato desencadeou uma investigação aprofundada que culminou na operação da PF.
Ele explicou que durante a qualificação do título, foi notada a ausência de informações essenciais do documento e ainda a presença de vários dados inconsistentes. Ao examinar o documento, o oficial também constatou mais outro indício de irregularidade, relacionado a reconhecimento de firma.
Diante de tais suspeitas, foram feitas as verificações e consultas de praxe, nas quais os resultados indicaram se tratar de tentativa de golpe.
Considerando a situação, o oficial noticiou os acontecimentos à autoridade policial competente e emitiu nota devolutiva informando a impossibilidade de registro até que a questão da suposta falsidade fosse esclarecida.
O oficial prestou depoimento e forneceu os documentos à autoridade policial, que procedeu à apreensão dos mesmos e início das investigações cabíveis.
A Operação
A operação Paper Land cumpriu 18 mandados em 13 endereços nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Acreúna e Rio Verde. Segundo a investigação, o grupo criminoso utilizava documentos falsos e corrompia profissionais credenciados à Caixa Econômica Federal para obter financiamentos fraudulentos.
Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados, o sequestro de 48 imóveis e 44 veículos, bem como a constrição de criptoativos. A PF informou que os crimes ocorreram entre 2022 e 2023, e as penas somadas podem ultrapassar 42 anos de prisão.
Em nota, a Caixa Econômica Federal afirmou que coopera integralmente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na investigação e prevenção de fraudes. A instituição reforçou que possui políticas rigorosas de segurança para proteger os dados e operações de seus clientes.
O nome Paper Land faz alusão aos imóveis rurais que existiam apenas no papel e eram utilizados como garantia hipotecária nas operações financeiras fraudulentas. Fonte: Cori-GO com PF
Fonte: Rota Jurídica
Outras Notícias
Portal CNJ
CNJ aprova orientações para o cumprimento adequado de decisões judiciais em saúde
22 de novembro de 2023
As orientações para o cumprimento adequado das decisões judiciais nas demandas de saúde pública foram aprovadas...
Portal CNJ
Paz em Casa: no Tocantins, ação começa com 250 ações em comarcas do estado
22 de novembro de 2023
O Poder Judiciário do Tocantins deu início, na segunda-feira (20/11), às ações da 25ª edição da Semana...
Portal CNJ
Municípios gaúchos adotam Justiça Restaurativa para promover cultura de paz
22 de novembro de 2023
Com um olhar humanizado, valorizando o diálogo e a cultura de paz, a Justiça Restaurativa vem sendo uma importante...
Portal CNJ
Paz em Casa: tribunal do Amapá participa de caminhada no Arquipélago do Bailique
22 de novembro de 2023
A Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), que tem...
Portal CNJ
Justiça Militar gaúcha lança o projeto “Sextou contra o Assédio”
22 de novembro de 2023
Em uma iniciativa que envolve mobilização, conscientização e comunicação, o Tribunal de Justiça Militar do...