NOTÍCIAS
Em sua última sessão, conselheiros ressaltam trabalho para o aperfeiçoamento da Justiça
13 DE DEZEMBRO DE 2023
Ao final da 19ª Sessão Ordinária de 2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na quarta-feira (13/12), ocorreu a despedida de integrantes do Plenário cujos mandatos no órgão se encerram neste mês. Após os exames dos itens pautados para julgamento, a conselheira Salise Sanchotene e os conselheiros Vieira de Mello Filho, Richard Pae Kim e Marcio Luiz Freitas manifestaram seus agradecimentos, e destacaram a importância do trabalho do CNJ para o aperfeiçoamento da Justiça. O conselheiro Mauro Martins se despediu na terça-feira (12/12).
O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, elogiou o trabalho realizado e reforçou que, no CNJ, busca-se valorizar magistrados e magistradas que dignificam a profissão e punir aqueles que, eventualmente, não correspondem às expectativas da legislação e da sociedade brasileira. “Em nome da República, eu agradeço a dedicação e os serviços primorosos que todos vocês desempenharam”.
Gratidão e despedidas
Coordenador do Comitê Nacional de Justiça Restaurativa e presidente do Fórum Nacional do Poder Judiciário para Equidade Racial (Fonaer), o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Vieira de Mello Filho ressaltou o sentimento de gratidão e ressaltou o caráter republicano do Conselho. “Gratidão por ter servido a esse conselho da República, por ter tido oportunidade de trabalhar por aqueles que são mais vulneráveis, mais desprotegidos, aqueles a quem a Justiça nem sempre chega”, disse Vieira de Mello Filho, que também destacou a responsabilidade do órgão em relação aos egressos do sistema carcerário.
“Se o nosso sistema penal continuar da forma que se apresenta, dificilmente algum recurso de segurança será capaz de alterar a situação do nosso país. A antessala da criminalidade é o desemprego. E uma das soluções, tanto antes quanto durante e depois, com os egressos, é o trabalho. O trabalho dignifica, reintegra”, afirmou.
Já a desembargadora federal Salise Sanchotene, que foi juíza auxiliar do órgão doze anos antes de ser alçada a conselheira, destacou que o trabalho foi absolutamente gratificante e que deixa o CNJ agradecida e realizada. “Com imenso orgulho, trabalhei nesse órgão de cúpula do Sistema de Justiça brasileiro, que possui imensa responsabilidade sobre a efetividade do acesso à justiça para toda a população brasileira. Foi um aprendizado que vou levar para a vida”.
Ela também destacou a liderança dos últimos três presidentes do CNJ, com os quais teve a oportunidade de trabalhar: o ministro Luiz Fux, a ministra Rosa Weber e o ministro Luís Roberto Barroso. “Cada gestor trouxe uma visão diferente e todos focados na centralidade dos direitos humanos”, disse.
Juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o conselheiro Richard Pae Kim, em sua última sessão plenária do CNJ, ressaltou os sentimentos de “imensa honra” pelos anos dedicados à instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho da Justiça. Pae Kim chegou a integrar 23 colegiados dentro do órgão, tendo sido, além de conselheiro, juiz auxiliar do CNJ.
O conselheiro Marcio Luiz Freitas destacou seu crescimento pessoal e profissional perante o órgão “que é absolutamente essencial ao povo brasileiro” e afirmou não ter dúvida de que o CNJ alterou o perfil do Judiciário brasileiro. “Ainda somos pequenos, novos, mas é inegável a marca que o CNJ deixa na sociedade”, completou.
A despedida do desembargador Mauro Martins ocorreu na primeira parte da 19ª Sessão Ordinária de 2023 do CNJ, ainda no dia 12/12. O conselheiro fez um breve pronunciamento sobre sua atuação ao longo dos dois anos em que integrou o CNJ e ressaltou que esteve comprometido em contribuir para o aprimoramento do Sistema de Justiça, “tornando-o mais acessível para a sociedade”.
“Atuei de forma comprometida no sentido de colaborar e tornar a Justiça mais acessível e democrática. Não sei se atingi o objetivo, mas tenho a consciência tranquila de que atuei da melhor forma possível”, completou.
A próxima sessão ordinária do CNJ deverá ser marcada para fevereiro do próximo ano, quando a composição do Plenário deverá contar com novos integrantes, atualmente em processo de sabatina conduzido pelo Senado Federal, para posterior sanção presidencial e posse pelo CNJ.
Texto: Regina Bandeira
Edição: Jônathas Seixas
Agência CNJ de Notícias
The post Em sua última sessão, conselheiros ressaltam trabalho para o aperfeiçoamento da Justiça appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Comissão de Conflitos Fundiários faz visita técnica em assentamento em Minas Gerais
12 de dezembro de 2023
A Comissão de Solução de Conflitos Fundiários (CSCF) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais realizou, na...
Portal CNJ
Plenário aprova ampliação da participação feminina em cargos diretivos da Justiça
12 de dezembro de 2023
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, por unanimidade, modificação no texto da Política...
Portal CNJ
CNJ amplia prazo de validade do Exame Nacional da Magistratura
12 de dezembro de 2023
Por unanimidade, o Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ampliou de dois para até quatro anos o prazo de...
Portal CNJ
Em Mato Grosso do Sul, acordos de precatórios movimentam mais de R$ 2,6 mi
12 de dezembro de 2023
Entre os dias 4 e 7 de dezembro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) realizou a terceira edição de...
Portal CNJ
Nova comissão do TJRS deverá reavaliar autoidentificação de candidato cotista
12 de dezembro de 2023
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, durante a 19ª Sessão Ordinária de 2023, pela procedência da...