NOTÍCIAS
e-Revista CNJ: artigo discute influência da mídia em decisões judiciais
17 DE JANEIRO DE 2023
A influência da mídia nas decisões judiciais e em condenações antecipadas são temas abordados no artigo “A Espetacularização do Processo Penal: Reflexos e Consequências Processuais do Populismo Midiático” veiculado na Revista Eletrônica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – Volume 6 (Jul a Dez 2022), disponível no Portal do CNJ. O estudo também discute a relativização dos direitos fundamentais dos acusados, especialmente em casos que alcançam grande repercussão nos veículos de comunicação.
Elaborado pela doutora em direito e professora da Universidade Federal da Grande Dourados Karine Cordazzo e pela bacharel em direito Camila Cordeiro Michels, o trabalho analisa coberturas de processos penais transformados em espetáculo pela imprensa e também o fascínio da sociedade pelo crime. Na avaliação das autoras, “a divulgação de casos pela mídia por meio de enredo planejado, faz com que o processo assuma um estado de mutação e degradação”.
O estudo trata de dois episódios que alcançaram ampla repercussão nos órgãos de imprensa: os casos Richthofen e Nardoni. O primeiro envolve o assassinato de um casal que levou à condenação Suzane Louise von Richthofen. Também foram condenados o namorado de Suzane, Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos.
O segundo episódio tratado no artigo sobre Isabella Nardoni, morta aos cinco anos de idade após ser atirada do sexto andar do prédio onde morava. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá – também acusada de estrangular a criança antes da queda pela janela – foram condenados pelo crime.
Utilizando do método indutivo e pesquisa bibliográfica, o texto aborda os princípios do processo penal e os reflexos da publicidade do processo, que está de acordo com o Estado Democrático de Direito, no devido processo legal, na presunção de inocência, na ampla defesa e no contraditório.
Para as autoras, “o sensacionalismo midiático produz a distorção de fatos e busca agradar o espectador, utilizando-se de um viés punitivo”. Na conclusão, elas ressaltam a necessidade de ressignificação do processo penal, buscando preservar os direitos e garantias fundamentais do acusado, da vítima e da sociedade.
e-Revista CNJ
Editada semestralmente, a e-Revista CNJ publica artigos acadêmicos voltados ao Poder Judiciário e à prestação de serviços jurisdicionais no Brasil. A publicação segue requisitos exigidos pelo sistema Qualis-Periódicos, que é gerenciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A produção do periódico é coordenada pela Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ (SEP) e a organização fica a cargo do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ). A avaliação técnica dos trabalhos enviados é feita por pareceristas anônimos, com doutorado na área e indicados pelo Conselho Editorial da e-Revista do CNJ.
Texto: Jeferson Melo
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
The post e-Revista CNJ: artigo discute influência da mídia em decisões judiciais appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Corregedoria Nacional reafirma compromisso com qualidade de serviço extrajudicial
09 de dezembro de 2022
O compromisso com ações para aprimorar a atividade de cartórios e registros no Brasil foi enfatizado pelo...
Portal CNJ
Artigo: O Judiciário e o reconhecimento de pessoas
08 de dezembro de 2022
Artigo publicado originalmente no jornal O Estado de S. Paulo, em 8 de dezembro de 2022 Rosa Weber* Na semana em...
Portal CNJ
Fonajus passa a integrar as ações do Pacto Nacional pela Consciência Vacinal
08 de dezembro de 2022
O Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus) aderiu ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal,...
Portal CNJ
Mulheres são presidentes de 22 tribunais brasileiros
08 de dezembro de 2022
Neste Dia da Justiça, comemorado em 8 de dezembro, o Judiciário conta com 40 mulheres à frente da gestão de...
Anoreg RS
Rares-NR – Campanha Natal Inteligente 2022
08 de dezembro de 2022
O cartório interessado em participar deve preencher um formulário de adesão e atuar como ponto de arrecadação.