NOTÍCIAS
Com nova ouvidora nacional da Mulher, CNJ implementará representações regionais
01 DE ABRIL DE 2023
Mais um passo no incremento da participação feminina no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi dado com a designação da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maria Helena Mallmann, como ouvidora nacional da Mulher, na sexta-feira (31/3). Dessa forma, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Rosa Weber, abriu a solenidade que também criou representações regionais da Ouvidoria em todas as regiões do país, destacando ainda duas magistradas das justiças Eleitoral e Militar. “A ideia é ter um representante em cada região para que possam colaborar com a atuação da Ouvidoria Nacional”, informou a presidente do CNJ.
A nova ouvidora nacional da Mulher destacou que essas unidades são recentes no Judiciário, mas demonstram sua importância com a ampliação de sua atuação, que passou de questões processuais a questões que incluem assédios, trabalho infantil e situações análogas à escravidão. “Escutamos e acolhemos cidadãs, em sua maioria, em situação de vulnerabilidade. Encaminhamos seus reclamos e colecionamos dados com o objetivo de contribuir na formulação de políticas institucionais”, pontuou a ministra Maria Helena Mallmann.
Conforme explicou, a atuação da Ouvidoria da Mulher segue orientações internacionais, como a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), e as Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) 190 e 156, que respectivamente, tratam da violência e do assédio no trabalho; e da igualdade de oportunidades e de tratamento para homens e mulheres trabalhadores.
A nova ouvidora da Mulher frisou a obrigatoriedade para julgamento com perspectiva de gênero, prevista na Resolução CNJ n. 492/2023, que levará o julgador a não repetir os estereótipos. “A medida pretende o rompimento de cultura de discriminação, além de incentivar a participação da mulher no Poder Judiciário”, disse.

Serão representantes das Ouvidorias da Mulher Regionais, as desembargadoras Tânia Regina Silva Reckziegel (TRT4), na Região Sul; Daisy Maria de Andrade Costa Pereira (TJPE), na Região Nordeste; Lígia Cristina de Araújo Bisogni (TJSP), na Região Sudeste; Gilda Sigmaringa Seixas (TRF1), na Região Norte; e Jaceguara Dantas da Silva (TJMS), na Região Centro-Oeste. As ouvidoras da mulher indicadas pelo CNJ para os segmentos das Justiças Eleitoral e Militar são, respectivamente, a desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio (TRE-DF) e a juíza federal militar Mariana Queiroz Aquino.
Galeria
O trabalho pioneiro da primeira ouvidora da Mulher do CNJ foi destacado com a aposição da foto da desembargadora do TRT-4 Tânia Regina Silva Reckziegel na Galeria da Ouvidoria da Mulher.
Lembrada pelos participantes na cerimônia de inauguração, a Ouvidoria da Mulher se configura como um passo importante para a equidade de gênero no Poder Judiciário. Atualmente, mais de 60 tribunais do país possuem Ouvidorias da Mulher, influenciados pela atuação do CNJ.

Tania Reckziegel lembrou que, enquanto ouvidora, desenvolveu ações itinerantes, visitando os tribunais, populações ribeirinhas e povos indígenas. “O trabalho trouxe muita satisfação, por sabermos que levamos o Judiciário para onde se precisa dele”.
Para a ex-ouvidora da Mulher, a criação das Ouvidorias da Mulher garante mais acesso à Justiça, pois oferece um canal importante para as cidadãs e cidadãos acionarem o Judiciário. “Dá uma resposta às assimetrias de gênero, com a persistente e crescente violência contra as mulheres, além de garantir um papel integrador do Judiciário com a população”, concluiu.
Texto: Lenir Camimura
Edição: Jônathas Seixas
Agência CNJ de Notícias
The post Com nova ouvidora nacional da Mulher, CNJ implementará representações regionais appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Sessão deve analisar proposta de resolução para implementação de ações afirmativas a indígenas e mulheres
10 de abril de 2023
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve votar na próxima terça-feira (11/4) o Ato Normativo n....
IRIRGS
Clipping – IRIB – Transferência de direito de propriedade por herança, legado ou doação poderá não ter incidência de IR
10 de abril de 2023
Foi apresentado na tarde do dia 04/04/2023, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei Complementar n....
Anoreg RS
XIV Encontro Notarial e Registral do RS debaterá o tema “Gerenciamento Administrativo e Financeiro”
10 de abril de 2023
As inscrições estão disponíveis no site www.encontronotarialeregistral.com.br, com os valores especiais do 2º...
Anoreg RS
Adjudicação Compulsória Extrajudicial no XIV Encontro Notarial e Registral do RS
10 de abril de 2023
O maior evento extrajudicial do Rio Grande do Sul abordará questões do âmbito da atividade registral e notarial.
Anoreg RS
Justiça reconhece filiação socioafetiva de homem que respondia por falsidade ideológica
10 de abril de 2023
Um homem que respondia na Justiça por registrar uma filha que não era sua teve a paternidade socioafetiva...